22.1.11

Há piratas na Costa

Almada à Noite

Jornal para os amantes da noite Almadense

Fundador: Um pirata
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Ano 0  -  19 de Janeiro de 2011    Jornal Noctívago    Nº 2  Preço: Grátis


Dizia-se que a expressão “Há mouro na costa” tinha a ver com frequentes razias efectuadas por corsários mouriscos. As sentinelas do alto das torres algarvias e alentejanas, quando avistavam as velas dos navios mouriscos, gritavam desesperados a fim de alertar as populações, ou para se defenderem ou para abandonarem, as aldeias e dirigirem-se para o interior onde os corsários não penetravam.

Hoje em dia quando se vê um sorriso luminoso no rosto de uma mulher solteira é sinal que também “há mouro na costa” o que no caso ela não foge pelo contrário, que venha o mouro.


O nosso repórter soube por espiões dedicados que mais uma vez ia haver “mouros corsários” na costa. Os piratas voltavam a “atacar”, desta vez na Costa da Caparica. Disfarçado de pirata corredor, eis o que o nosso escriba conseguiu saber.


Pois é amigos leitores. Desta vez não contactei nenhum pirata, fui também um pirata, sem perna-de-pau, olho de vidro e cara de mau, mas de frontal.

Pelas 20h30’, cerca de 60 “assaltantes” da Costa, em plena Lua Cheia, tomaram os seus lugares para um Treino Lunar.

Foto:José Carlos Melo

À voz de ataque, dado desta vez pelo pirata-mor Paulo Pires, lá foram por aquele areal magnífico com o mar bonançoso a deixar uma linha de espuma entre a terra e o mar.

A ordem eram 40’ para lá 40’ para cá, assim os mais rápidos e os mais lentos viravam todos ao mesmo tempo e com mais ou menos km a conquista estava feita.

Foto: Luis Parro

Este repórter só pode dizer maravilhas deste “ataque”. Foi um espectáculo, até um dos que tinha participado pela 1ª vez não cabia em si de contente por ter feito parte desta pirataria.

Depois há que comer o produto do saque nas mesas do MarPuro (gentilmente cedida para o efeito a pedido de um dos nossos piratas), e foi com muita pena que este repórter teve que abandonar o convívio mais cedo e elevando a minha garrafa de rum, disse até uma próxima vez a toda a pirataria.

Assim sim, vale a pena ser pirata!

Vídeo da autoria do Paulo Pires

10.1.11

Piratas em Almada

Almada à Noite

Jornal para os amantes da noite Almadense

Fundador: Um pirata
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Ano 0  -  10 de Janeiro de 2011    Jornal Noctívago    Nº 1  Preço: Grátis


Na noite de 7 de Janeiro de 2011, a cidade de Almada foi “invadida” por dezenas de piratas. Um acontecimento que levou a que cidade despertasse para um facto inédito. Ao que se deveria esta invasão? Quem seriam estes piratas? O Jornal de "Almada à Noite", habituada a outras manifestações nocturnas que não estas, enviou um seu repórter a fim de se saber o que se passou realmente nesta cidade da Margem-Sul. De caneta em riste e sem pala no olho, eis o que o nosso repórter conseguiu apurar tendo apanhado por mero acaso, pois pirata que se preze não é apanhado assim sem mais nem menos, um dos piratas quando este se deslocava para o seu navio. Vamos à entrevista possível.

AN – Sr. Pirata, pode-me dizer o seu nome e o que é que se passou para haver esta invasão pacífica nocturna da cidade de Almada?

ML – Sou o pirata Mário Lima e o que se passou é bastante simples e ao mesmo tempo complicado de se dizer. Houve quem o ano passado tivesse a ideia de começar uma nova forma de treino. Não o treino convencional onde um amigo encontra outro amigo por mero acaso ou não e ali vão treinando horas a fio sem nada de novo e sem grande espírito motivante a não ser o começar e o acabar e nada mais. Penso que esta ideia original é do pirata – mor Jorge Branco que foi: “Porque não em vez de dois ou três não serem algumas dezenas a fazerem um treino conjunto”? Se pensou melhor o fez e, assim, em Monsanto, teve o início da pirataria com a sua 1ª S. Silvestre. Dessa ideia inicial, germinou a continuidade e assim se fez este treino para este 1º Super Trail Pirata do Parque da Paz para comemorar a entrada no novo ano. A ideia desta vez foi do pirata Parro que, conjuntamente com outros piratas, delinearam toda a logística para que nada falhasse. Já agora ofereço-lhe o nosso panfleto.


AN – Ah, obrigado! Nessa logística pode-nos dizer o que foi feito?

ML – Foi um espanto como em tão pouco tempo foi delineado o percurso, as instalações e o convívio final. Organizações de maior gabarito nunca por nunca fizeram tanto em tão pouco tempo. O percurso no mapa, a concentração no Parque da Paz e as instalações do Campo do Cova da Piedade foram excelentes para que tudo corresse às mil maravilhas. Em 20 anos de corrida, que faço este ano, foi a cereja no topo do bolo para festejar tantos anos de corridas. Espectacular este vídeo (da autoria de paulonpires) onde podemos ver todo o percurso da prova.



AN – Quais os pontos altos deste treino?

ML – Foram todos. Desde o início houve ali piratas dedicados que nos foram ajudando no percurso e em certos locais mais escuros iam-nos aguardando com os seus frontais, de forma é que não houvesse problemas pois haviam certas zonas no Ginjal (Cacilhas) que o terreno se apresentava com vários buracos e pontões estreitos onde todo o cuidado era pouco pois logo a seguir estava o Tejo.

António Almeida, Filipe Fidalgo, Vitor Velosos, eu e o "Capitão Gancho", José Melo


Realçar também que o Metro de Almada, na Rotunda Central, aguentou que a "cabeça" dos piratas se juntasse às "pernas" para reagrupar o grupo. O apoio popular, que batiam palmas à nossa passagem, as empregadas do Restaurante “Atira-te ao Rio” que perante tantos piratas não se amedrontaram e ficaram a ver tantos “malucos” ali tão perto do rio e ninguém se atirou.

Curioso também foi o carro patrulha da polícia, perto do Cristo-Rei, ter ficado imobilizado enquanto nós íamos descendo em alegre e festiva corrida de sã camaradagem e o sorriso dos representantes da lei perante tão inédito feito. Nunca devem ter visto tanta pirataria junta.

Eu e Vitor Veloso


AN – O que mais poderá dizer sobre este treino nocturno nas ruas de Almada?

ML – A última volta no Parque da Paz, com os frontais a alumiarem o caminho, pareciam pirilampos, o grupo compacto, a satisfação de todos nós e o acabar em beleza no Estádio com um banho retemperador, uma mesa farta de bolos e salgados, vinhos, cerveja e refrigerantes, foi o culminar de uma noite magnífica.

Convívio, eu e José Melo


AN – E agora em notas finais, o que quer ressalvar?

ML – Quero agradecer a todos os que fizeram com que este treino nocturno fosse realizado. À gente de Almada pelo carinho e apoio que nos deram, às forças policiais que deixaram que esta pirataria fosse possível, à Direcção do Estádio Municipal de Almada pela cedência das instalações e aos meus companheiros de treino pois fomos todos uns grandes piratas. Venham mais iniciativas como as de Monsanto e Almada, se puder, não faltarei.

Obrigado Luís Parro e a todos os demais, que conseguiram este feito inédito dentro de uma cidade



Vídeo do Treino (mais uma vez, Parabéns Paulo Pires)