18.12.21

S. Silvestre de Lisboa

Ao contrário dos anos anteriores que corri em grupo, este ano, embora rodeado de milhares de atletas, corri só. Os meus companheiros não participaram e lá fui.

Como sempre, corri para desfrutar o ambiente, respeitando os que estavam à minha frente, pois embora tivesse tempo para estar na 'vaga' de ritmo diferente, colocaram-me no +1h15', que nunca fiz (em 2019 fiz 1:03:00) mas festa é festa e quando quiser bater recordes, corro em provas com poucas pessoas e não em provas destas. O respeito por todos os que correm muito ou pouco, é muito bonito. Quando quiser colocar-me em bicos de pés, vou para bailarino.

Foi salutar ver aquela menina que com o namorado, participou na sua primeira prova de 10 km e acabar com um sorriso e uma lágrima de alegria. Fui correndo, a subida da Avenida da Liberdade nem sempre é fácil, mas para quem a subiu mais de 50 vezes em provas, é mais uma (pior é do Martim Moniz ao Areeiro).

No último km soltei o queniano, fraco, que há em mim, e acabei em beleza.

Seja que distância for, acabar é sempre uma vitória.

Até para o ano!

5.12.21

Meia-maratona dos Descobrimentos

Eu sabia que iria ser difícil fazer esta prova. Não só por não ter treinos para esta distância, porque os pulmões sofreram um rude golpe com o Covid e por há menos de duas semanas ter estado a soro por problemas de saúde.

Podia ter evitado o sacrifício e arranjar estas desculpas para não estar na linha da partida. Mas não! Ao sinal ali estava, uma porque em 2019 apadrinhei uma atleta que tem tido uma ascensão meteórica Anabela Luz Moreira, mas também porque tinha prometido dedicar esta prova à minha neta Helena, que estive quase a não a ver nascer, devido o avô (eu) ter estado na linha ténue, que separa a vida da morte.

A minha medalha será para a minha princesa, para que se lembre que, um dia, o avô lhe dedicou esta prova.