11.11.12

Meia Maratona da Nazaré 2012*

Confesso que a vontade de escrever está a esmorecer pois com os anos que levo disto é quase repetitivo o que escrevo, tendo em conta as mesmas provas que, ano após ano, lá vou correndo. Meia da Nazaré é por si só um desafio que me leva voltar lá todos os anos (ou quase). Desta vez não fui no dia anterior como o costumo fazer, mas no próprio dia, que se faz bem pois o início da prova é a uma hora tardia (11h) o que dá para lá chegar a tempo e horas, já que a distância de onde moro até lá não é muita e a "troika" vai-nos retirando o prazer de estar a desfrutar de um hotel na magnífica terra nazarena. Tanto nos querem roubar que vão acabar por 'matar' o turismo feito de portugueses para benefício de Portugal.

Mas há sempre histórias para contar e o curioso da situação foi na Nazaré, ter andado com a Analice à procura do carro do Nelson Barreiros onde tínhamos vindo (companheiros de viagem: José Magro, Anabela Pacheco e Analice, todos da Associação "O Mundo da Corrida"). Como era a primeira vez que não tinha ficado no hotel não me apercebi do parque onde tinha ficado o carro e ao marcar o Restaurante, perdido dos restantes companheiros, foi um problema encontrar o local. Felizmente há telemóveis, senão iria começar a prova e nós à procura do carro.

Com a equipa do "Mundo da Corrida"

Com o Telmo Pinto


Dada a prova fui com o Telmo Pinto e João Martins. O Telmo sentindo-se bem foi-se, e na 1ª volta o João acabou por ficar para trás.

Com o António Almeida. Foto: Isabel Almeida

Até Famalicão ia bem, aguardava o retorno para dar o máximo para fazer uma prova entre a 1h40'/45'. Mas não foi isso que se passou. Foi desesperante. O vento estava forte. Queria correr e parecia que a ventania vinha de todo o lado. Mesmo tentando resguardar-me em grupos não dava. E fui andando, e fui correndo e nunca mais via a meta.

A terminar a prova. Foto: Isabel Almeida

Não correu como queria mas acabou-se e eu deveria saber que na Nazaré não há duas Meias Maratonas iguais. O ano passado foi chuva, granizo, este foi o vento. Haja saúde e para o ano logo se verá como será. Valeu-nos o almoço que estava uma delícia e todos os companheiros que fizeram da Meia da Nazaré uma festa.

O grupo do almoço

3.11.12

20ª Corrida do Monge*

Uma prova espetacular, não só pela dificuldade como também pela diversidade.

Há provas assim e ainda bem. Foi bom voltar ao local do 'crime'. Se no ano passado foi o que foi este ano valeu a pena!

Subidas íngremes e que nunca mais acabavam, entre eles o famoso corta-fogo (muito estreitinho por sinal), passar entre ramagens com pequenos riachos e pontes de toros foi o máximo.

O início foi dado às 10h30’. Logo a subida de cerca de 4,5 km (com alguns declives) fez com que me resguardasse pois sabia que algures havia um corta-fogo que, de tão badalado, me fazia prever uma subida onde requeria muito esforço, mas isto é como a tal casa que se diz pequena, quem a vê diz que afinal não é tão pequena quanto isso e o mesmo se passou com este corta-fogo, mas já lá irei.

Foto: Paula Fonseca

Subindo ou andando em bom ritmo, desta vez havia em tudo o que era local pessoas ligadas à organização que nos ia dando as indicações, passo no local onde a maioria se perdeu o ano passado. Aí já não havia o traço de cal no chão, havia fitas do nosso lado direito e um elemento da organização. Tudo conforme reza os 'cânones' relativamente a uma prova de montanha.

Atingimos os 492 metros acima do nível do mar o ponto mais alto e há que descer. Com curvas fechadas e sempre dentro do arvoredo, com desníveis onde se tinha que agarrar às árvores porque os mais lentos, ou mais temerosos, à nossa frente assim obrigava pois era difícil a ultrapassagem nesses locais. Pequenos riachos, muitas pontes de toros de madeira, sempre em crescendo, vou passando alguns companheiros quando a situação assim o permite. Foi numa dessas pequenas pontes que um companheiro ali ficou parado depois de ter colocado mal o pé. Perguntei se necessitava de ajuda mas ele disse-me para seguir pois não parecia ser grave a lesão.

Chego a uma estrada onde vejo o amigo Luís Miguel numa alegre cavaqueira com alguns ciclistas (pena é que os ciclistas também fizessem dos caminhos por onde corremos o mesmo deles, obrigando por vezes a nossa paragem para que ou eles ou nós passássemos de tão estreitos eram). Pergunto-lhe se estávamos perto do tal corta-fogo e ele disse que não faltava muito. Assim foi. Pouco depois o Luís diz-me que já o íamos subir e eu fiquei perplexo com aquilo. O tal famoso corta-fogo era uma ‘língua’ de terreno entre o arvoredo. Eu a pensar num local com uma largura imensa para que se houvesse fogo ele ali fosse ‘extinto’ e verifiquei que afinal as árvores quase se ‘beijavam’. Para um fogo saltar para o outro lado é uma brincadeira.

Subi aquilo sem problemas de maior (já subi piores) e recebo a indicação que a partir dali é sempre a descer. Foi o máximo, subo mal mas descer é comigo. Ao entrar no alcatrão já meu conhecido e sabendo que pouco faltava para terminar, acelero ainda mais e acabo em beleza.

A terminar. Foto: Paula Fonseca

A ponta final com o último km a 4'26'' fez-me recuar a muitos anos atrás quando o tempo dos meus treinos era a 4'/km (aqui com mais uns 'pozinhos').

Gostei.

Geral: 170 (em 281)

Escalão: 6º (em 14 no escalão M60, estou um verdadeiro SEX(agenário)

Tempo: 01:25:24