23.1.22

Trail de Lousa 2022

Uma prova bem durinha. Começa logo a subir e parecia que estava a subir os Pirinéus.

Nunca mais chegava ao topo, com muita pedra solta, caminhos estreitos e escorregadios, mas quem sobe também desce. Outras subidas nos esperavam mas foi numa descida onde tudo era lama, que tive a primeira queda. Nada de mais, quem cai também se levanta... os trilhos não se compadecem com as nossas fraquezas.

Segunda queda devido a uma raiz, parecia que estava na tropa, quando me apercebi... estava de cara no chão. Uma ferida no joelho mas, de novo, há que levantar e continuar.

E embora cansado, acabei os meus km. Doeu, subidas difíceis, descidas escorregadias, mas se fosse fácil eu não estava lá.

14.1.22

Correr lesionado

Todos (ou quase), já corremos lesionados, ou porque somos teimosos e se pagámos a prova temos que lá estar, ou porque pensamos que a lesão não é assim tão grave que nos impeça de fazer a prova.

Durante os meus 30 anos de corrida, corri e não foram assim tão poucas as vezes. A única vez que desisti, e logo nos primeiros 500 metros, foi na MM de Almada. Não deu para mais.

São várias as provas que corri lesionado como em Almeirim, Casa Sena, MM dos Descobrimentos, 25 km Critérium, BNU, 1° de Maio, Tagarro, Metropolitano, Benavente, Vale de Figueira...

Nos apontamentos que tenho para não colocar lesionado, colocava treino. Como não dava para mais, parafraseando o amigo Luiz Mota: #tudoetreino.

Aqui foi nos 20 km de Cascais em 2012. E como ia em 'treino' fiz 1:50:27 (o meu melhor tempo nesta prova 1:18:21).

6.1.22

Desistir, a última das opções.

Quando numa prova se pensa em desistir, algo nos diz para continuar. Não pensamos no que nos poderá acontecer, vamos até que o corpo já exausto diga que tem que parar, que não dá mais! Não dá mais?

Na UMA (Ultra Maratona Atlântica Medidas/Tróia) já aconteceu arranjar forças interiores que nos impele, que fazem com que a palavra desistir não seja uma opção. E arriscamos, e vamos ao sabor do vento, ao sabor da força mental que nos diz... vai!

E aquela meta tão perto e tão longe. Um último assomo de vontade, um último correr, pois parece mal passar a meta a andar, e eis-nos a ultrapassar a linha mítica que separa a vontade de desistir, da força de conseguir.

Muitas vezes, lágrimas rebeldes assomam-nos aos olhos, os punhos cerram como a dizer:"Conseguiste".

Graças a ti, graças à tua vontade férrea, graças à força que estando dentro de nós se assoma, quando pensamos que nada mais há lá dentro. Nestes 30 anos de corrida, desisti quatro vezes (todas em trail). Fiz o que tinha a fazer.

Mesmo a loucura tem limites.

5.1.22

Corrida dos Reis - Agualva-Cacém

odos os anos, ou quase, falhei em 1993, era certo e sabido que esta corrida era para ser cumprida. Era a primeira corrida do ano.

Na distância de 11,5 km, a mesma iniciava na Av. Bons Amigos no Cacém, e terminava na Junta de Freguesia.

Ainda mal refeitos dos excessos, era uma forma de ali queimar as calorias e gordura acumulada e, como a prova não era fácil, pois tínhamos umas subidas bem difíceis, era bem custoso esse início. No retorno, a descer a Avenida em direção à meta, era ver os atletas a darem o seu melhor, pois a descer todos os Santos ajudam.

No fim havia um sorteio de várias ofertas dos patrocinadores.

O meu melhor tempo foi em 1995, com 40'54" (3'52"/km).

Só tenho apontamentos das provas até início de 2001.