26.10.09

"Mar" Azul na Marginal

A minha 1ª prova na Corrida do Tejo ocorreu em 1994. Durante anos a prova foi alterando tanto no local de Partida como no de Chegada, assim como na quilometragem. A minha última foi em 2005.

Ontem, voltei de novo a correr esta prova. Cerca de 10 mil pessoas estavam presentes. Nunca tinha visto tanta gente (em 2005 eram cerca de 5000 os participantes) numa prova de 10 km. Dos conhecidos só vi o Hamilton, irmão do Fábio do blogue Amantes da Corrida.

Fez bem a organização em colocar "t-shirts" diferenciados nas mangas para o sexo masculino e feminino, é que assim evitou-se o cortar da meta de “mulheres” com bigode farfalhudo como, infelizmente, em muitas provas acontece.

Dada a partida era ver aquele “Mar” azul pela Marginal ligando Algés a Oeiras, lindo!

Como comecei no lugares destinados aos sem tempo, demorei cerca de 3’ e 10’’ até conseguir passar o insuflável da partida. Curiosamente no sítio dedicado a esta corrida, Corrida do Tejo, a classificação final tem em atenção o lugar chegado desde o tiro da partida e não o do “chip”, se assim é para que é necessário o “chip”?

Já há várias semanas que, no meu local de trabalho, havia um “duelo” entre uns amigos que iam fazer esta prova (Nuno, Duarte e Fernando, eu era o D'Artagnan). Quem ficaria em 1º dos 3 mosqueteiros???

Mosqueteiros


De início estávamos todos juntos, passada a partida logo um tentou adiantar-se ao grupo. Ziguezagueando, lá conseguiu uns bons metros e assim continuou até na “Cruz-Quebrada” ter sido ultrapassado. Como eu era o mais experiente ia, tipo lebre, conduzindo os meus outros companheiros, mas ao 8º km lá se foi a lebre e começou a tartaruga (os meus amigos vão estar proibidos de se casarem no dia anterior às minhas provas ) e como o elemento atrasado começou a aproximar-se perigosamente, lá se foram os meus mosqueteiros eu, como D’Artagnan, fiquei na fossa, resultado, fui o último do grupo e ganhou quem nunca tinha corrido. Tem futuro o rapaz.

E assim se faz uma prova, brincando também se corre. Pelo caminho viu-se alguém a ser assistido a um pé, outro inanimado, com a ambulância a prestar-lhe o apoio devido e depois de acabada a prova, mais um que junto a outra ambulância vomitava como se tivesse comido um manjar dos deuses, um km que tinha 800 metros e outro que tinha 1200. Muitas garrafas deitadas pelo caminho em vez de lançadas para as bermas, pisadas, caso estejam com a tampa, podem originar lesões graves, mas é disto que prova a prova, ano a ano tenho sempre visto, nunca mais o pessoal aprende.

Parabéns à organização, Parabéns aos músicos que nos alegraram o caminho, Parabéns aos meus companheiros de corridas.



Todos somos campeões quando fazemos aquilo que gostamos!

A Corrida do Tejo já vai na sua 29ª edição. Espero em 2010 voltar lá de novo e ver aquele “Mar” azul (eu que estive num “Mar” verde, a floresta do Mayombe- Cabinda) a serpentear de novo pela Marginal rumo a Oeiras.

Cor.Tejo


P.S. - Os meus agradecimentos à Rita Borralho pelo comentário deixado no meu tema "O Treino e o Silêncio". Para nós, corredores, serás sempre uma referência, na luta contra a adversidade e pelo que fizeste em prol desta modalidade. Bem-Hajas!

Rita Borralho

21.10.09

“Voando” na ANA


Na fila para levantar o dorsal

Nesta 1ª Corrida do Aeroporto, organizada pela Clube ANA de Lisboa, dois reparos, o funil de partida era demasiado estreito para tanto corredor, e façam o favor de fazerem uma partida diferenciada para quem vai correr 10 km e para quem vai caminhar.

É que continuo sem perceber por que razão que quem vai andar, se mete à frente de quem vai correr!!! Deve ser algum problema mental, só pode! Ficam de imediato ali à frente e é tipo daqui não saio daqui ninguém me tira. Resultado, como a passagem era estreita e para não me lançar por cima de quem vai andar, tive que ir a passo de caracol até passar a partida e depois tive que ir com muito cuidado para não pisar os calos de ninguém, assim do local onde estava até à partida foram mais de 30’’ e depois o 1º km foi num tempo que nem em treinos faço.


Entre os caminhantes, nem eu quase me consigo ver, mas estou ali de chapéu azul

Sei que o importante é participar, mas também não custa nada fazer com que os que vão caminhar partem pouco tempo depois da prova principal.

Sobre a prova, há que realçar o percurso, com sobes e desces mas faz-se bem, passando por locais por mim desconhecidos como a Pista Municipal de Atletismo Moniz Pereira (onde vi o amigo José Lopes), pelo "Parque das Conchas" que quando o conheci não era nada daquilo que ali se vê. Tive como cicerones a amiga Umbelina Nunes e o amigo Tiago da "Casa do Pessoal da RTP" que me foram dando conta daquele pulmão verdejante e até com uma certa graça me diziam que o Parque tinha uma piscina onde podia tomar banho com patos à mistura. Ali vi o amigo Zamora, que com outros companheiros (Umbelina e Tiago incluídos) fazem desse espaço o seu local de treinos e, assim, entre cumprimentos e saudações lá passamos este recanto magnífico.

A minha prestação nesta prova foi entre a lebre e a tartaruga. Comecei bem e acabei mal. Uma noite mal dormida devido a problemas respiratórios, já que na Sexta, contrariando as dicas que dou aos outros, tipo «Olha para o que eu digo e não para o que eu faço», ter feito o que não devia, mergulhei na Costa, depois do treino, sem tomar as devidas precauções, e arranjei uma “gripalhada” que até a mim me fazia dó!



Nem os incentivos da Umbelina, fizeram com que os pulmões "obedecessem" e assim, depois da subida da "Parque das Conchas", foi um até "Quinta". Acabar em menos de 50’ já não foi mau (49’50’’) e fica a lição.


Na chegada, já em esforço

Ver o Aeroporto noutra perspectiva foi interessante. Fora os dois reparos iniciais, e o fim das obras que encontrámos pelo caminho, é uma prova que tem pernas para andar, neste caso, voar.

Parabéns à organização (se não fosse a indicação nas árvores do local da prova, penso que ainda hoje andava de carro por lá às curvas) e até para o ano.

6.10.09

Sesimbra e o Mar

Pensava eu ter já corrido em Sesimbra há muito tempo mas, quando reparei na prova e no local em si, verifiquei que nunca lá tinha estado. Afinal tinha corrido sim em Sesimbra mas foi Cabo Espichel/Cotovia (16,5km –1h05’29’’) no longínquo ano de 1994.


Compenetração total


Foi o reencontro com vários companheiros da blogosfera, António Almeida e o José Magro. A ternurenta Joaquina Flores, os companheiros do CCD Joaquim Adelino e Carlos Gadunha e outros que de outras corridas, se vai conhecendo, aumentando o leque dos que à passagem, se vai dando o olá ou incentivando.


Em fase de aguardar o tiro de partida


Quando nunca se fez uma determinada prova, pergunta-se aos conhecidos quais as dificuldades da mesma. É pá, esta prova é fácil, uma “subidita” aqui e ali, depois uma primeira volta curta, volta-se a fazer o mesmo percurso, vai-se a seguir até ao farol e depois “finish”.

Só que quem sobe e desce na ida, na vinda tem que subir o que desceu e descer o que subiu (elementar, meu caro Watson), isto quatro vezes. Claro que a falar é só uma “subidita”, mas quando toca a correr as mesmas tornam-se umas “subidonas”, lá se vai a pedalada inicial e o que parecia fácil torna-se depois num cabo dos trabalhos para completar a prova.

Assim sucedeu. Feito o arranque lá vou eu em boa passada. Nos que estavam já em retorno vou vendo os rostos dos companheiros e excepto o António Almeida, não vejo mais nenhuma cara conhecida. Bom sinal. Mas foi um bom sinal de pouca dura. Na segunda volta já os rostos de retorno eram muito conhecidos o que significava que já tinha dado o que tinha a dar e quem dá o que tem a mais não é obrigado.

Como estava a contar com 10000 metros e aquilo parecia que nunca mais acabava, lá pensei eu com os meus botões, isto deve ter 10 km contados a “pedómetro” e como sabemos que cada um tem os pés que tem, só podia ter sido um anão. Resultado, tinha mais umas centenas e picos de metros. Mas tudo bem, os metros a mais foram para todos, mas mais uma vez se pede um pouco mais de cuidado com as medições do percurso, ainda por cima a cargo de uma organização consagrada no meio do atletismo.


Em fase de...nunca mais isto acaba!


Valeu pelo passeio, pelo percurso, pelo banho retemperador... no mar, mesmo com o tempo encoberto e uma chuvinha miudinha foram uns bons mergulhos, e do bom peixe comido no “Lobo do Mar” (passe a publicidade).


Saindo refrescado e salgado.


Depois a chuva caiu mais forte, as pessoas esquecem que com o piso molhado, o cuidado tem que ser redobrado, a condução mais cuidada e logo vimos ali um acidente em que teve que vir o 112 para assistir uma pessoa ferida.

Já a caminho de casa, outro acidente, este mais grave, envolvendo várias viaturas. Uns correm com as pernas à velocidade que elas lhe dão em todas as variantes de tempo, outros correm com os carros em tempo propício a correrem só, àquelas velocidades, na playstation.

Mas é o país e o povo que temos.

Tempo oficial: 51'53''


Fotos: Mário Lima e mulher

Dicas:


Zona de pulsações para treinos.
1. Subtrair a idade de 220.
2. Multiplicar o resultado por 0,6 (60%) e obtemos o valor mínimo de pulsações.
3. Multiplicar o resultado de 1 por 0,85 (85%) e teremos o valor máximo de pulsações.
A zona ideal para treino situar-se-á entre o valor obtido entre 2 e 3.