31.8.09

Por um Fio!…*

24 de Setembro de 1994, Meia-Maratona Badajoz-Elvas. O Grupo CCD de Loures vai participar pela 1ª vez na Prova. Nesse Mês já tínhamos participado na 7ª Corrida do Avante e na 18ª Meia de S. João das Lampas. Uma semana depois de S. João das Lampas, num autocarro fretado para o efeito, os atletas com as respectivas famílias levantaram-se cedo para a viagem, já que na época ainda não havia auto-estrada entre Lisboa e Espanha via Elvas (só concluída em 1999) e a prova teria início às 10h. Depois de uma pequena paragem em Montemor-o-Novo para um rápido pequeno-almoço eis o pessoal já mais desperto cantarolando com a música popular que se ouvia dentro do autocarro. Os que iam à frente aperceberam-se do perigo que vinha a caminho. Um camião trazia a reboque outro camião preso por uma lança. Enquanto o nosso autocarro descia numa pequena depressão do terreno, do outro lado o camião que vinha em nossa direcção também descia. E aí aconteceu o que nunca deveria acontecer. Estava em risco a vida de dezenas de pessoas. O camião que vinha a reboque não tinha travões. Com o declive do terreno aumentou de velocidade e começou a ultrapassar a camioneta rebocadora. Foi para a faixa contrária, foi para a nossa faixa. E víamos aquele monstro a vir na nossa direcção. Enquanto uns iam mantendo o sangue-frio, os gritos dos mais assustados começaram a fazer-se sentir. O camião de trás ao ultrapassar o reboque fez com que este fizesse um peão e nesse momento a lança partiu. De repente era um camião a fazer um peão e outro que vinha na nossa direcção, o nosso condutor consegue no último instante desviar para um pequeno espaço fora da estrada. E foi isso que nos salvou. O camião sem travões passa entre o que estava a fazer o peão e o nosso sem tocar um milímetro que fosse, foi “resvés campo de ourique”, foi mesmo à justa. Seguiu desenfreado pela estrada acima por onde tínhamos vindo, tendo depois parado devido à inércia. O homem deve ter metido alguma mudança para segurar aquilo, senão lá viria ele de marcha-atrás e o perigo voltaria a pairar. Depois disso prosseguimos viagem parando em Badajoz. A prova foi um fracasso. Parece que não mas é uma prova difícil de altos e baixos. Da parte espanhola tudo impecável. Chegados a Elvas, foi-nos dado uma maçã e um pacote pequeno de bolachas Maria. Chuviscava e o palco montado cá fora para entrega dos prémios foi à ultima hora mudado para o interior de um pavilhão. Não houve medalhas nem t-shirts pois não tinham chegado a tempo. Ficaram de enviar para o CCD… até hoje! 15 anos depois ainda estou à espera, mas já não espero nem sentado nem em pé. Nunca mais lá voltamos! Ficou a grata recordação de ter passado pela 1ª vez uma fronteira a correr. Tempo: 1h28’ (segundo os apontamentos, já desde Agosto que estava lesionado no joelho esqº e ainda assim fiz o Avante, S. João das Lampas e Badajoz/Elvas, há cada maluco!
Equipa do CCD de Loures nos 20km de Almeirim - 1995
Ritmo Cardíaco Verificar de manhã. Antes de se levantar contar as pulsações romano

1.8.09

Os 13km da Chesol

Nestes anos de corridas há provas que nos marcam, uns pela positiva, outros pela negativa. Há uma prova, que já não existe, pela qual tinha um carinho muito especial, era “Os 13km da Chesol”, ali para a Aldeia do Juzo – Cascais.

Esta prova, organizada e bem por um clube de bairro, tinha tudo para cativar quem lá ia. Ninguém era esquecido como dizia o panfleto da prova:

Contemplamos os primeiros; Não esquecemos os últimos



E assim era. Desde louça pintada à mão, iogurtes, isostar, óleo, discos, frangos vivos e assados, tudo era ali oferecido aos participantes.

Deles tenho dois “bonecos” de louça, um com os dizeres do nosso grupo, uma ½ libra e uma colectânea de Lp’s de Música clássica.




Se a memória não me falha, o início da prova era a tiro de caçadeira. De 1994 a 1999 (falhei o ano 1998) ali estavam dezenas de atletas prontos para mais uma prova, acarinhados por aquele Clube do Bairro da Chesol.

Aqui com o meu irmão

Infelizmente houve um dia que o pessoal do Clube se cansou e entregou a organização a uma empresa especializada e foi o princípio do fim. A prova já não voltou a ser o que era, já não havia galinhas e perus em cima do palco para gáudio do pessoal quando tentavam fugir e um ano, pura e simplesmente os 13km da Chesol acabou. Acabou, mas ficou a saudade!


Melhor tempo nesta prova: 49’ 55’’ em 1995

Dicas de Verão

O mês de Agosto é por excelência mês de férias, altura que se aproveita para um merecido descanso. Para os que na praia continuam a fazer os seus treinos não esquecer que antes de mergulhar deve:

1º - Aguardar cinco a sete minutos para que a pulsação volte ao normal. Caminhar até que isso aconteça.

2º - Entrar calmamente na água, tendo o cuidado de se molhar de maneira progressiva. Molhar a zona do coração, assim como a nuca e, só então, mergulhar.

3º - Ficar na água de cinco a dez minutos em zona onde a água não ultrapasse a cintura. Descontracção absoluta sem movimentos bruscos.

4º - Quando sair da água limpar–se a uma toalha em vez de “secar” ao sol.

Para todos os que estão ou vão de férias bom descanso, boa viagem e bom regresso. Em Setembro voltaremos a “ver-nos”!