O nome de Mendiga vem pelo facto de no início haver apenas três casas e nelas teriam habitado alguns mendigos. Como sempre há quem diga que assim não é, mas se hoje ainda se discute onde nasceu o nosso primeiro rei é natural que estas povoações mais antigas que Portugal não se chegue a conclusão nenhuma, pois pelo que li já os romanos por esta zona tinham andado (quem gostar de História Universal pode ler aqui sobre o Império Romano).
O Grupo do CCD de Loures marcou presença, tendo participado na caminhada a Ana, esposa do José Pereira.
Uma ligeira brisa e um sol envergonhado, as serras envolventes, o pinhal onde o verde musgo encobriam as árvores e rebentos de cogumelos em chão atapeado por folhas onde aqui e ali se viam pedras dispostas em pequenos quadrados (castros?) o que adivinhava ter aquilo sido habitações do passado, indiciava um dia propício para se fazer uma boa prova.
Depois de levantados os dorsais, a inscrição para o almoço. O aquecimento e aí o convívio e o abraço aos “velhos” conhecidos e aos novos agora dos que cimentam a sua amizade através desta forma de comunicação, os blogues.
Carlos Coelho, um conhecido da prova do Entroncamento, marcava presença e gostei de saber que já tinha feito a sua estreia na Maratona, na cidade invicta. Conheci o Luís Mota do blogue Tomar a Corrida, através do Joaquim Adelino, O Ventura Pires, já há muito conhecido mas nunca falado, e às 11h foi dado o tiro de partida. Eu, Joaquim e o Daniel (o genro do Joaquim) ia marcando o andamento em andamento de treino (para ele), lá partimos juntos. Sou franco em dizer que pensava que a prova fosse mais difícil. Tinham-me referido grandes subidas mas são subidas suaves. Com aquelas subidas a gente chega ao céu sem notar. Íamos a um ritmo de 4’40’’ por km. Bom andamento. Com a chegada do Vítor Moreira do CCD tentei saber até onde podia aguentar um ritmo de corrida inferior a 5’/km. Fui com ele do 10º ao 13km com um tempo de 1h03’12’’. Aí verifiquei que não podia manter esse ritmo e aguardei pela chegada do Joaquim e do Daniel. Chegámos os três com 1h23’00 para os 16.300 metros.
Gostei. Foi um bom sinal, agora é em treinos, para um mesmo tempo, percorrer uma maior distância. Pouco a pouco vai-se chegando lá.
O almoço foi um belo momento. Pavilhão cheio, boa organização, abrilhantado por um grupo de acordeonistas tocando música tradicional portuguesa, só faltou alguém mais corajoso abrir o baile.
Às 15h procedeu-se à entrega dos prémios e sorteio de várias ofertas. Aí conheci o Luís Parro do blogue Raide e outras corridas. O CCD teve um 2º e um 3º lugar (António Henriques e José Pereira respectivamente) e ficou em 16º por equipa.
Porto de Mós e Mendiga serão um local a visitar futuramente para desfrutar a bela paisagem e a história deste lugar, mas sem ser em corrida.
Para correr será até ao próximo ano. Parabéns à organização pela prova e Parabéns pelo belíssimo Pavilhão Gimnodesportivo que Mendiga possui.
P.S. - Penso que quando se realiza uma prova, esta tem que se nortear pela verdade, tanto na vertente dos prémios, escalões de seniores e veteranos, assim como na distância a realizar. Segundo a Xistarca (organização) e muitos outros locais de responsabilidade, a distância a percorrer seria de 16.600 metros. Segundo o regulamento da prova, tal como estava no panfleto, a distância é de 16.300 metros, como se pode ler Aqui). É que para quem tenta saber a sua evolução, depois de uma lesão de dois anos, 300 metros faz muita diferença. Obrigado!