Durante os anos que levo de atletismo houve alturas (poucas) que fazia uma prova no Sábado e outra a seguir no Domingo. Quase sempre eram provas curtas, o que dava para recuperar bem de um dia para o outro, embora algumas com algum grau de dificuldade pois eram de subidas acentuadas.
Actualmente as provas têm sido mais espaçadas, embora com maior dificuldade e maior distância, lembrando-me dos 1º Trilhos de Sicó com 30 km e uma semana depois 40 km nos 1º trilhos de Almourol que, quem lá correu, sabe bem que foi uma prova bem difícil, devido ao facto de muito ter chovido e o terreno estar em más condições que requereu muito esforço físico para vencer cada palmo de terreno.
Porto, Outubro de 1996.
Já tinha ido correr ao Porto, principalmente nas Festas de S. João.
Desta vez fui lá para o 1º Campeonato Nacional de Veteranos na distância de 15 km. A prova foi realizada num Sábado à tarde, iniciava e terminava no Parque da Cidade.
Começou pelas 17 h (?). Para além de ser uma corrida citadina, passagem por várias artérias da cidade do Porto, tinha também umas subidas de respeito e aquela do Castelo do Queijo até à Avenida da Boavista era de tirar o fôlego ao mais experimentado (pensava eu) e eram duas as passagens por esse local.
Certo é que nesse ano de 1996 eu estava ainda com a moral em alta devido aos bons resultados conseguidos. Sendo uma prova só para veteranos era aí que iria avaliar as minhas capacidades com muitos veteranos vindos de todos os pontos do país.
Prova começada, e penso que, mesmo com as dificuldades que tenho nas subidas, acrescida pelo desgaste nesse dia da viagem Lisboa/Porto, fiz uma prova razoável, 15 Km em 56’ 05’’ (3’44’’/km).
Aguardei pela classificação. Já noite escura e eis que surge a mesma, 45º da Geral e 22º no meu escalão de Vet1. Ora bolas, afinal o candidato a craque não passava de um normal corredor como tantos outros.
Domingo, Meia- Maratona da Póvoa de Varzim. Às 9h da manhã, ainda mal refeito do esforço do dia anterior, ali estava à partida.
Prova começada, lá vou eu todo feito fibra e gás. O gás acabou ao 18º km e só a fibra é que me aguentou até ao fim. Tempo final, 1h23’54’’ (3’58’’/km), 170º da Geral e 16º no escalão Vet.1.
Uma semana depois estava a correr os 25 km da Critérium mesmo lesionado no pé esquerdo. Outros tempos.
foto: 23-06-1996 - Corrida Festas de S. João - Porto
3 comentários:
Os pensamentos bravios, são colocados no possivel da conquista... falamos sempre de uma conquista cada recordação que a mente vá buscar... acredito que ao escrever este texto, cada frase, era imaginada como fosse um km corrido... Espero daqui a 14 anos, ler algo tipo... memorias de 2010... "Mama Suma".
Olá Mário
São daquelas recordações memoráveis em que tem o prazer de partilhar connosco.
Com essa prestação ainda fala e passar-me o testemunho, ainda tenho que comer muito “alcatrão” e “pó”
Lá li e reli o Post algumas vezes em que me vejo ali no entroncamento “Trilhos de Almourol”, a percorrer aqueles montes e vales, na tua companhia.
Ate domingo.
Forte Agraço
Vítor
Amigo Mário Lima,
Isso é que era, sempre a "dar no osso".
E se houvesse uma prova a meio da semana também marchava!
Valente!
Luis Parro
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