Com uma Organização impecável, a prova teve início (como nos anos anteriores) na Aldeia do Mato. Ali os elementos da Associação “O Mundo da Corrida” tiraram a foto da praxe para mais tarde recordar.
Início da prova às 10h. O céu encontrava-se ligeiramente nublado e a humidade era muita. Depois foi a aventura. Subir, descer e a descida para a Barragem do Castelo do Bode. Estava ansioso para voltar a ver a ‘minha’ bateira. Ia chamando a atenção de quem comigo ia para esse momento. E ali estava ela. Serena, pelo 3º ano consecutivo a vejo, no mesmo local, quase à mesma hora.
Na companhia de alguns atletas, continuo a minha aventura. Alguns trilhos desconhecidos devido ao aumento da quilometragem e pelo parar aqui e ali, para mais uma foto, vou-me desgastando. Passo a ponte feita sobre o rio Nabão pela Escola Prática de Engenharia.
Que diferença da 1ª ponte que passei na 1ª edição. Nesse ano choveu a bom chover e os rios saíram dos leitos. Agora os rios não são mais que uns ribeiros e eu iria ver, mais tarde, o quanto isso era verdade.
Sigo com um numeroso grupo depois do 2º abastecimento. Vou à frente, num estradão verifico que não via fitas há já algum tempo. E é assim que o pessoal se perde. Os que vinham atrás também não repararam que não estávamos no caminho correto, vieram todos atrás de mim. Parando disse ao grupo que não havia fitas para voltarmos para trás. Pouco depois entramos no trilho certo. Se era o 1º fiquei em último e nunca mais recuperei.
Fiz depois, a maior parte dos trilhos sozinho. Em Constância surgiu-me a Dina Mota, mas depois de descer no cordame e umas fotos, lá seguiu ela o seu caminho. Subo uma escadaria e penso que em cima iria haver o 3º abastecimento com vista para Constância como no ano passado e, como nessa altura, pensei em desistir. Felizmente não era ali o abastecimento. Uma viragem para um novo trilho e eis o abastecimento ao km24. Comi e as forças voltaram, talvez devido a ser um abastecimento de sólidos. Sigo caminho, não iria desistir, sabia que iria acabar a Maratona.
Uma ramagem escondia aquilo que queria ver, o Castelo de Almourol. Não sei a razão, mas sempre que vejo este Castelo ali no meio do rio fico empolgado.
E desta vez a surpresa boa mas, ao mesmo tempo, má. Uma pequena ponte ligava as duas margens. Sem água era fácil passar para o lado do Castelo e ali tomei-o de ‘assalto’. Nas edições anteriores muito se tinha falado nessa possibilidade e desta vez concretizou-se por que não há água. Os rios estão quase secos.
Faltava ainda um desafio, o derradeiro, subir a “Delta da Lebre”. Desta vez foi mais fácil, não havia as “pedras rolantes” dos anos anteriores. Com mais dois companheiros, fomos entreajudando para vencer os km que faltavam.
À chegada, notei que as fitas estavam direcionadas para um local diferente do ano anterior. Entro, ao fundo leio, numa placa, “balneários”. Será que isto acaba ali ou vou já tomar banho? Pergunto a um elemento da Organização se não estaria enganado. Não, ao fundo teria que voltar à esquerda (as fitas indicavam isso). De repente vejo-me a entrar no pavilhão onde estava o insuflável da meta. Foi um acabar em beleza, numa prova maravilhosa.
Parabéns a toda a Organização. A sinalização impecável, trilhos para todos os gostos, vistas magníficas, abastecimentos e pessoal do melhor e assim fiz a minha 1ª Maratona de Trail. Este “azulejo” comprova isso. Honra aos vencedores, que foram todos aqueles que venceram tamanho desafio.
Tempo: 6h44'02''
Km: 43,340
4 comentários:
Parabéns Mário, mais uma conquista, és grande...
Parabéns também pela pela tua postura (habitual) na corrida no apoio que deste ao nosso amigo Ico.
Com admiração.
Teu amigo corredor.
Parabéns Mário!!! Eu tinha-te dito que irias ser um "vencedor" e conseguiste-o. Mais uma prova que perdurará no teu extenso curriculum e que ficará gravada na memória dos "campeões". Um grande abraço "de cá de cima".
Fernando Paiva
Parabéns Mário
6horas e 44 minutos a correr, a andar, a subir e a descer, só está ao alcance de alguns atletas.
Realmente a foto da bateira parece igual à dos outros anos.
Grande beleza paisagistica que foram encontrando ao longo do percurso, convidativa a voltar.
A conquista do castelo de Almoroul foi outro feito :):)
com os cumps
J.Lopes
As portas abrem diante de uma firme determinação. É ela que transforma sonho em realidade...
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