15.7.12

3º Trilhos do Almonda*

O meu público agradecimento à PSP de Torres Novas pelo facto de se terem disponibilizado em me levar até ao local da prova depois de andar por lá perdido.
Graças a eles cheguei a tempo e horas ao Vale da Serra.
Obrigado!



Seria a minha 1ª prova em Almonda. Como nada tinha lido sobre a dificuldade da prova (mesmo que lesse não me valia de nada pois a prova este ano decorreu em sentido contrário à do ano anterior) fui à vontade na companhia do Nelson Barreiros que fazia a sua estreia em trilhos.

Uma prova que, pelo seu traçado, se mostrou muito técnico e logo aos 2 km, na descida do Arrife de Almonda, houve ali um congestionamento que fez com que a mesma fosse descida em fila de pirilau como se diz na tropa.


Sempre com os companheiros da Associação de “O Mundo da Corrida” por perto, lá fomos km a km ultrapassando os obstáculos, as subidas e descidas que requeriam algum cuidado. Parando nos postos de abastecimento, que foram muitos e bem fornecidos, o grupo foi-se desmembrando mais tarde pelo cansaço evidenciado por alguns ainda pouco habituados a este tipo de prova. O Nelson lá fazia das tripas coração e aguentava-se. Calhou logo a estreia numa das provas mais duras e iria mais tarde ressentir-se do esforço.


Voltou a acontecer-me o que uma vez me tinha nos trilhos de Almourol. Um companheiro que se perde no trilho com “phones” nos ouvidos, aos nossos chamamentos responde o silêncio. Tive que fazer, tal como na outra prova, um “sprint” para o trazer ao trilho certo. A música pode ser boa para acompanhar mas ao menos que se deixe um ouvido em alerta para qualquer eventualidade como esta.

O Nelson pensou ficar no abastecimento dos 16 km mas resolveu continuar. O calor começou a fazer-se sentir com força e a pouca sombra, fizeram o resto. Acabou por ficar no abastecimento dos 21 km.


A seguir viria o ponto mais alto da prova 670m acima do nível do mar. Segui no alcance da companheira Teresa, da Associação, que também se tinha perdido quando ia uns bons km à nossa frente e que acabou por nos aparecer na retaguarda. Foi com a Teresa, que fiz o resto da prova.

Dos 23 aos 26 km uma descida das mais difíceis que fiz até hoje. Muita íngreme com pedras, pedregulhos e vegetação emaranhada em alguns locais, requeria de nós muita atenção. Ultrapassado isso, mais uma pequena subida e depois foi quase sempre a descer até à meta em Vale da Serra local de onde tínhamos partido.


O almoço no pavilhão, a entrega de prémios e agora começa a haver em trilhos o que sucedia nas provas de alcatrão. “Xico-espertos” que não fazem a prova toda e têm o desplante de subirem ao pódio para receberem o troféu imerecido. Depois ouvem do que não gostam, mas a falta de vergonha dessa gente é tão grande que, fazendo ouvidos de mercador, somem-se imediatamente do local. Uma lista negra destes trapaceiros e o impedimento de se inscreverem nas provas seria a forma de pessoas iguais a este, repensassem a sua atitude. Mas se no alcatrão nunca tal foi feito, não acredito que o façam nos trilhos. Uma coisa é enganar-se no trilho, outra, é cortar deliberadamente terreno para ganhar um lugar no pódio.

Uma prova a que vale a pena voltar. Uma boa organização, com direito a massagem no final, um convívio com muitos amigos. A Associação "O Mundo da Corrida" ficou em 3º lugar por equipas e o 1º pela equipa mais numerosa.


Uma palavra de admiração para o Luís Mota e Joaquim Adelino que uma semana depois dos 70km da Freita, ali estavam para novo desafio.

Até pró ano em Almonda!

2 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns "Padrinho" por mais esta vitória. Foi pena o teu último "afilhado" não ter chegado ao fim, mas, pelo menos deve ter ficado com a satisfação de ter estado em contacto com a natureza pelo menos em 21 km.
Um abraço.
Fernando Paiva Santos

João António Melo disse...

Amigo Mário, mais uma bela prova na natureza.
Não compreendo a atitude vergonhosa de certos indivíduos, para ficarem uns lugares à frente, na classificação.
Um abraço e bons treinos.