Quando numa prova se pensa em desistir, algo nos diz para continuar. Não pensamos no que nos poderá acontecer, vamos até que o corpo já exausto diga que tem que parar, que não dá mais! Não dá mais?
Na UMA (Ultra Maratona Atlântica Medidas/Tróia) já aconteceu arranjar forças interiores que nos impele, que fazem com que a palavra desistir não seja uma opção. E arriscamos, e vamos ao sabor do vento, ao sabor da força mental que nos diz... vai!
E aquela meta tão perto e tão longe. Um último assomo de vontade, um último correr, pois parece mal passar a meta a andar, e eis-nos a ultrapassar a linha mítica que separa a vontade de desistir, da força de conseguir.
Muitas vezes, lágrimas rebeldes assomam-nos aos olhos, os punhos cerram como a dizer:"Conseguiste".
Graças a ti, graças à tua vontade férrea, graças à força que estando dentro de nós se assoma, quando pensamos que nada mais há lá dentro.
Nestes 30 anos de corrida, desisti quatro vezes (todas em trail). Fiz o que tinha a fazer.
Mesmo a loucura tem limites.
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