A Ponte 25 de Abril cheia de gente
Muitos sorrisos, muita alegria
O CCD de Loures sempre presente
Já há muito faz esta romaria
Da Ponte não vejo o Terreiro
Mas não por causa da multidão
Há sobre a cidade nevoeiro
Como aguardando D. Sebastião
Vejo a Rosa de phones nos ouvidos
Dançando ao som do Rock And Roll
Ela que andou por caminhos perdidos
Lá longe, nos trilhos de Almourol
Converso com o Pedro Ferreira
Sei que há ali na distância batismo
Vão correr a meia pela vez primeira
O Rui, o Zé Pedro e o Levezinho
Um abraço ao Fábio Dias
Ao Hamilton e ao Rui Carmo
Fala-se muito de corridas
E os “vip’s” a aquecerem ao largo
Alguns com uma boa pança
De corredores nada se via
E o Luís Mota junto à segurança
Há duas horas parado… Aquecia
A meu lado outro campeão
O Hugo Adelino bem os olhava
Passariam depois os vip’s de ocasião
Como cão por vinha vindimada
Partida, fugida às pressas
Lá vai o pessoal num tropel
Ouvem-se línguas diversas
Parecia a Torre de Babel
Pensamento fisiológico me açoita
Parecia o filósofo Séneca
Logo a seguir atrás de uma moita
Fiz uma pequena paragem “técnica”
Olho para o lado e quem vejo
O Vítor Veloso e o António Almeida
Sigo com eles e tenho o ensejo
De acabar com eles a meia
Vimos o Carlos Lopes amigo
À perna, agarrado estava
Demos-lhe o incentivo
E lá foi ele em disparada
Mas uma coisa é desejar
A realidade é bem mais dura
Aos 8km foi o meu acabar
E lá se foi a pendura
Aos gritos de Mama Sumé
Passam os Comandos bons rapazes
Assim mesmo amigos é que é
A Sorte Protege os Audazes
Cumprimento o Parro que apadrinha
A estreia da esposa na meia
Vai o Paulo Póvoa a toda a brida
E pouco depois o José Pereira
Vejo o António Henriques e o Valério
O Costa e alguns petizes
Em dificuldades e de rosto sério
Em expressões nada felizes
Junto-me ao “Mission impossible”
Iam todos em ritmo certo
Não vi o Pára é “incredible”
E ele ali do “Comando” tão perto
Vejo a Meta até que enfim
Tomo logo a dianteira
A Rosa Mota espera por mim?
Não!.. É pelo Mário Ferreira
Meta cortada, medalha ao peito
Depois é o que se sabe no final
Não há filas, não há respeito
É gente medíocre de Portugal
Se esta minha má vontade passar
À Ponte pró ano hei-de voltar
7 comentários:
Olá Amigo Mário!
Todos os amigos sabem o quanto treinei para esta prova. Optei por falar apenas no positivo, pois o negativo retirou-me duas noites de sono, mesmo sem conseguir dormir, a três dias da prova.
Fui para a prova desmotivado e tive a felicidade de estar rodeado de alguns dos melhores Amigos durante a prova. Esse factor favoreceu-me e alegrou-me imenso. Não esqueço os que me tentaram ajudar e aos quais agradeço e guardo com estima essa atitude.
Agora o que é que eu poderia querer melhor. Partir junto da Susan, pessoa com quem partilho o mesmo caminho há cerca de duas décadas, rodeado de amigos que aquecemos com rasgados sorrisos, essa é a imagem que guardo. Não esqueço a felicitação do Fábio e do Mário antes da partida, mas primeiro foi o Adelino e o Hugo a acenar a desejar boa prova.
Depois da partida ainda consegui correr dentro do objectivo. Aos 10 km tinha recuperado, mas, quem tinha efectuado um treino de 34 Km de corrida na segunda, depois das Lezírias, fica contente com o desempenho.
Quanto ao Mário, ainda o vi, na altura na frente dos Comandos. Grandioso grupo de Homens de grande valentia.
Quanto à Meia Maratona de Lisboa, é apenas a prova que mais gosto de participar. Para o ano conto lá estar novamente de preferência rodeado da família e Amigos.
Uma boa semana para si,
Luís Mota
Parabéns Mário,
Com a veia poética, descreveu/relatou na pefeição os sentimentos, peripécias e emoções vividas e sentidas nesta prova.
Um abraço e boa semana!
Olá Mário
pelo menos a meia de Lisboa puxou pela tua veia poética, parabéns.
Não era para participar e ao estar presente quebrei a "minha tradição" de ano sim, ano não, na meia de Lisboa.
Abraço.
Bravo Mário,
Parabéns pelo modo que descreveu uma prova única, naquilo que toca e com orgulho que partilho o asfalto/terra na alegria de correr.
Grande abraço
Vitor Veloso
Ainda tive um nadinha de espaço ali mesmo no final. E que dizer de tão bonitos versos dedicados a uma prova que pelas suas incidências até nem cai bem aí no gôto? Só prova a superior moral que transportas contigo que consegues ultrapassar com facilidade aspectos tão negativos como os enumerados.
Vai continuando com essa veia porque o bailinho vai lindo!
Abraço
Excelente Mário, outra forma de contar as peripécias da corrida a cantar. A tua veia de poeta sobressaiu...no meia de alguma desilusão pelo comportamento de alguns. Para o ano, se tudo correr bem, lá estaremos outra vez! Um abraço.
Bom dia Mário
Pára/corredor/poeta
Uma triologia que dá outro encanto à vida do dia a dia.
com os cumps
J.Lopes
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