15.3.11

Verde é a Lezíria.



Como aconteceu o ano passado, o CCD de Loures (cada vez mais reduzido) esteve presente nesta prova. Chegamos relativamente cedo e chuviscava dando o mote para uma prova que se quer regadinha qb, não estivéssemos ali nas Lezírias, onde o castanho se confina a estreitos caminhos num verde que se estende pelas campinas.

Foi um dia de agradáveis surpresas. O reencontrar de novo o Pedro Ferreira, a Ana Paula Pinto que, após Alqueva, nunca mais tinha corrido devido a lesão e o Daniel pelo qual soube que a Susana Adelino e o pimpolho de ambos estavam bem. Bem-vindos companheiros.

Uma palavra aqui para o Luís Mota pela bela prova que fez, no dia anterior tinha feito oitenta e tais quilómetros na serra com o Jorge Serrazina e amigos, para a Susan, Mariana Mota, Luís Parro e Fernanda, Carlos Coelho e tantos outros companheiros de corrida. É sempre bom revê-los!

Com o Carlos Coelho na partida. Foto: Fábio Dias

Em conversa com o Fábio, Hamilton e Melo e vem ao nosso encontro a Henriqueta Solipa e o Carlos Renato, que foram meus parceiros durante uns km na Meia de S. João das Lampas. Como não fixei bem os rostos deles perguntei ao Fábio se era a Henriqueta e confirmado foi um desfolhar de conversas não só de corridas como da grande adesão à manifestação da “geração à rasca” que, cada vez mais, se deve chamar de “gerações à rasca” pois para quem governa vai tudo a eito, excepto para eles e os seus "boys". Falemos de corrida.

Com Fábio, Henriqueta e Carlos. Foto: Fábio Dias

Dada a partida perdi o contacto com o casal. Vou nas calmas pois no dia anterior tinha feito um treino de 1h20’. Encontro a Deolinda (não a que canta), “velha” companheira de muitos anos de corrida, de muitas “Corridas das Colectividades de Loures”. Dantes via-a à partida e à chegada, agora vejo-a a partir e ela vê-me a chegar! Durante km fomos em amena cavaqueira, lembrando provas que já deixaram de existir, a subida ao moinho na Apelação que nos dava água pela barba para lá chegar (agora nos trilhos o que mais vejo são moinhos).

O percurso foi alterado, uns dizem para melhor outros para pior, são opiniões, eu tenho a minha. Gostava mais do percurso anterior. O terreno era mais diversificado, corríamos ali junto ao Tejo e agora parece uma “passadeira”. Se calhar o terreno anterior estava intransitável e eles tiveram que alterar o percurso (se foi isso, já o mesmo aconteceu há muitos anos nos 20 km de Almeirim devido a cheias na lezíria).

Mas o importante era ali estar e de km em km (não de PEC em PEC) eu e a Deolinda António lá os fomos galgando. Ao entrar de novo na ponte uma foto tirada pelo Sr. António Melro Pereira (AMMA), pai da Ana Pereira que também esteve presente mas não a vi.

A Deolinda de "t-shirt" laranja. Foto: AMMA

Aqui a Deolinda acelerou o passo para apanhar uma corredora que ia mais à frente, mas sempre olhando e tentando que eu a acompanhasse, comecei a ficar para trás e disse-lhe para seguir, o que o fez relutante (até dá gosto ter companheiros (as) destes (as) que se preocupam com os outros). Fui sempre na sua peugada e, de repente, vejo à minha frente ainda a uma boa distância, o casal Henriqueta e Carlos.

Henriqueta e Carlos, eu um pouco atrás. Foto: AMMA

Pensei: «Vou acabar esta prova com eles!». Pouco a pouco fui-me aproximando e, a cerca de 300 metros do fim, num “sprint” esforçado fico ao lado deles e assim acabamos os três a prova com o mesmo tempo, 1h18’24’’. Foi lindo!

O esforço final. Foto: AMMA

Lindo foi também a Deolinda estar à minha espera para aquele abraço e agradecendo a companhia, eu é que tenho que lhe agradecer, pois devido a ela fiz uma prova que não contava devido ao esforço feito no treino referido.

Os meus companheiros do CCD de Loures; o Paulo Póvoa ficou em 1º no escalão dele (acabou com o Luís Mota, lado a lado) e o Eurico Charneca em 3º. Uma outra palavra para um grande Amigo, o Vítor Moreira. Já não temos a “pedalada” de outrora, mas que continuemos por muitos e muitos anos a palmilhar terrenos sem fim. É sempre um prazer enorme tê-lo ali a meu lado como no passado onde ficávamos sempre perto um do outro nas classificações. Grande Abraço para ti Grande Amigo!

9 comentários:

.JOSÉ LOPES disse...

Parabéns mais uma prova para o longo curriculum, independepente de não ser uma prestação como nos "velhos tempos" mas o que interessa é estar lá e correr.

Quanto à mudança de trajecto,
Segundo o que me disse um atleta do C. A. Patameiras estavam a fazer umas (obras)terraplanagens na zona junto do Tejo, por onde era o percurso dos anos anteriores.

Boa meia maratona

Com os cumps
J.Lopes

ana paula pinto disse...

Querido amigo Mário,

foi minha a satisfação imensa de o rever (e a tantos outros amigos).
São esses vossos sorrisos e abraços calorosos que me fazem acreditar que o mundo da corrida é, sem dúvida, um mundo melhor.
Parabéns pela prestação. Ao contrário do que acha, penso que o seu tempo é mesmo um tempo de um tempo excelente: o agora.
Também ouvi a Ana dizer "antigamente...". (sei o que sente, imagino que sim, Mário, tal como imagino a saudade com que se recordam outras provas e outros tempos conseguidos), mas acho que continua um atleta 5 Estrelas! Tal como tantos outros que fizeram desta prova, um excelente "espectáculo" desportivo.
Soube pelo seu blog que o amigo Adelino já é "vovô". não sabia. vou lá ao "cantinho" dele deixar um beijinho de parabéns.

(bem haja, por tudo)
Ana Paula

VÍTOR MOREIRA disse...

Fiquei deveras sensibilizado com o teu comentário, que retribuo com toda a sinceridade e amizade.
Um grande abraço do teu amigo,
VM

Pedro Ferreira disse...

Tantas fotos e ainda te queixas!?
Deves ser família do fotógrafo...

Maria Sem Frio Nem Casa disse...

Olá Mário...pois não nos vimos :(

Em relação ao percurso, penso que tenha sido escolhido porque o do ano passado estava de facto intransitável com a lama - estive por lá na 3ª feira de Carnaval e cheguei a ter por certo mais de 1 Kg de lama em cada sapatilha. Também acho que correr mesmo ao lado do rio dá outra magnitude à prova. E faltaram os cavalos este ano - não vi nenhum...

O Mário fez uma boa prova. Um dia... talvez ainda o acompanhe :) - a esperança é a última a morrer, não é?

Um beijinho e até à próxima, talvez Constância na Páscoa? Eu vou lá estar

Ana

Vítor Moreira disse...

Grande Mário, obrigado pelo teu simpático comentário, ao qual retribuo com um grande abraço de pura amizade, desejando-te as maiores felicidades para a tua vida e que continues por muitos anos a fazer as tuas corridas.
E já agora que eu também te acompanhe nalgumas provas, mais curtas é claro, que eu não aguento fazer tantos quilómetros como tu.
Bem hajas, amigo.

joaquim adelino disse...

Parabéns ó Comando, soubeste estar à altura dos pergaminhos habituais.
Nem só a Corrida nos enche de satisfação, o reencontro e a amizade dos amigos também nos cativa e incentiva no nosso dia a dia e tudo isso esteve em Vila Franca no dia 13 de Março. Para mim como sabes foi um dia negro, não sou de acreditar em bruxas mas estas coisas não escolhem datas nem ocasiões, simplesmente acontecem.
Obrigado pela mensagem de apoio e prometo-te que estarei de regresso para continuarmos a trilhar os caminhos já conhecidos e fundamentalmente aqueles que ainda estão por descobrir.
Abraço do Pára.

João António Melo disse...

Olá amigo Mário, mais um ano a correr as lezírias. Este ano pelos visto foi menos pelas Lezírias, mas provavelmente devido à chuva que deve ter enlameado e tornado intransitáveis aqueles trilhos nos campos junto ao rio. No ano passado ainda corremos juntos parte do percurso mas desta vez não pude ir devido ao trabalho. Se fores à meia de Lisboa, pode ser que nos encontremos. Um abraço!

Vitor disse...

Olá “Grande” Mário,
Há quanto tempo que não nos cruzamos no mundo da corrida, já sinto saudades de ouvir suas historias e concelhos.
Espero que esse joelho esteja 100% para voltar já em Almourol.
Espero estar presente em Almourol.
Obrigado pela força!
Forte abraço