7.5.20

Vitor Veloso*

Os amigos de peito que penso ter, são muito poucos. Com eles partilhei momentos da minha vida, estudei com um, fui à tropa com outro, corri com alguns muitas provas mas cada um (excetuando um caso ou outro) no seu passo.

Há um que conheci em 2009 numa meia-maratona em Lisboa e até hoje foi preponderante em muitas situações que vivi (e eu sei que também o fui para ele).

Na Geira Romana em 2010 quando lesionado andei perdido no Gerês, e já em desespero consegui por fim sair daquele labirinto a caminho da estrada, ouço o telemóvel tocar, era o Vítor preocupado pois sabiam que havia alguém perdido na serra que era eu.

São inúmeras as provas que ele fez comigo: Ultra Maratona do Atlântica, Almourol (após um problema grave de saúde que tive), Kayak - Trail do Tejo, S. Silvestres, Maratonas, Caminhadas… foi sempre o companheiro que muitos gostariam de ter, um ‘puto’ maravilha.

Estou-lhe grato por tudo e para mim a palavra gratidão não é uma palavra vã. Há quem a esqueça mas eu não. Um dia, sozinho, fiz 35 km no areal da Costa da Caparica pelos seus 35 anos de vida.

São estas pessoas que nos fazem acreditar que, num mundo cruel, ainda há quem valha a pena ter a nosso lado. Hoje menos presentes que no passado, mas mesmo ausentes, os amigos do peito (onde o Vítor está incluído) estarão sempre em mim, sempre no coração.

Grande Abraço Vítor. Amigos para Sempre!

fotos: Almourol 2013. O Vítor aguardando-me para aquele abraço e eu na Costa da Caparica depois de fazer os 35km (na areia escrevi 'Parabéns Vítor - 35km)

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