10.2.21

S. Silvestre de Carnide - 29/12/1991

Se na minha primeira prova tinha feito 4,5 km, na segunda 8 km que tal abusar da sorte e fazer uma S. Silvestre com... 17 km?!

E assim foi. Uma S. Silvestre que começava em Carnide e percorria sete freguesias como está no reverso da medalha encontrada no tal amontoado.

Prova realizada à noite e se bem me lembro, chovia e não era pouco. Nos meus apontamentos tenho 53, mas deve ter sido o meu lugar na classificação geral.

Creio que esta prova só se realizou neste ano e porquê? - perguntarão vocês.

Os chicos-espertos não são só nas vacinas contra a Covid, nas provas há e muitos. Os que apanham o metro ou o comboio, os que têm outro companheiro a meio que continua com o dorsal deles, e até mulheres com bigode. Nesta prova foi o que acontece muito. Quando a prova começa e acaba no mesmo local, há sempre alguém que após percorridos alguns metros, tem sempre um atacador para apertar ou aliviar a bexiga. E nunca o atacador se aperta e a bexiga esvazia, ficam ali.

Os outros, os honestos, correm, suam, cansam-se e depois aparece na classificação um sujeito que nem correu, nem suou, nem se cansou, à frente deles.

E isto acontece sempre no grupo de quem tem já idade para ter juízo, no escalão dos veteranos.

No final, saída a classificação, houve mosquitos por cordas. Confrontos físicos entre aqueles que correram e aqueles que à frente ficaram sem correr. Eu estava ali a mais, aquela guerra não era minha pois tinha feito os 17 km, até que um dia aconteceu a mim e foi numa outra S. Silvestre, a dos Olivais.

Mas isso são outras histórias.

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